quarta-feira, 23 de março de 2016

FORMULÁRIO PARA INSCRIÇÃO DE ATIVIDADES DA XXV SEMANA DE LETRAS DA FEUC - SEMANA 2016 E NORMAS PARA ACEITE


FACULDADES INTEGRADAS CAMPO-GRANDENSES
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS
NÚCLEO DE ESTUDOS DA LINGUAGEM POETA PRIMITIVO PAES
XXV SEMANA DE LETRAS
JUBILEU DE PRATA DA SEMANA DE LETRAS
DIAS 31 DE MAIO E 01, 02 e 03 DE JUNHO DE 2016.
TURNOS – MANHÃ E NOITE

Título da XXV Semana  de Letras  da FEUC

SEMANA DE LETRAS – 25 ANOS EM FOCO: PRÁTICAS, TEORIAS E TALENTOS
NO CENÁRIO LINGUÍSTICO E LITERÁRIO CONTEMPORÂNEO


CLIQUE NO LINK PARA TER ACESSO AO FORMULÁRIO E ENVIAR SUA PROPOSTA DE ATIVIDADE

O FORMULÁRIO CONTÉM CAMPOS ESPECÍFICOS BEM DETALHADOS E DE FÁCIL PREENCHIMENTO

SERÃO CONSIDERADAS AS PROPOSTAS QUE ATENDEREM AOS REQUISITOS OBRIGATÓRIOS E  FOREM ENVIADAS ENTRE 28 DE MARÇO E 20 DE ABRIL DE 2016.

http://goo.gl/forms/5dQdSTX6K1



LEIA, POR FAVOR, AS NORMAS E CRITÉRIOS PARA ACEITE DE ATIVIDADES NA SEMANA DE LETRAS 2016


SEMANA DE LETRAS – 25 ANOS EM FOCO: PRÁTICAS, TEORIAS E TALENTOS
NO CENÁRIO LINGUÍSTICO E LITERÁRIO CONTEMPORÂNEO



NORMAS PARA ACEITE DE ATIVIDADES PROPOSTAS PARA A SEMANA DE LETRAS

                A Comissão de organização da Semana de Letras levará em conta alguns critérios específicos e objetivos para o aceite de proposições de atividades para a Semana de Letras:
1.       Envio dentro do prazo;
2.       Envio para o endereço indicado pela coordenação da Semana;
3.       Formatação e normatização compatível com a solicitada para publicação;
4.       Identificação clara, pelo proponente, de titulação, instituição de vínculo, título da palestra, e-mail, autoria e/ou coautoria e/ou orientador (a) (se houver); palavras-chave, dia, turno e recursos necessários.
5.       Orientação de um professor responsável;
6.       Expectativa de público;
7.       Oferta de atividades de mesma temática;
8.       Oferta de atividades de um mesmo proponente;
9.       Adequação de espaço compatível para a atividade;
1.     Disponibilidade de recursos;
1.   Adequação ou pertinência da proposta ao tema da Semana.

A deliberação sobre o aceite ocorrerá entre os membros da comissão de organização da Semana: membros do NEL e Coordenador (a) e Vice-Coordenador (a) do Curso de Letras.

As atividades que se desenvolvam com a participação dos alunos (as) das FIC e que sejam orientadas e/ou relacionadas às práticas didático-pedagógicas de uma disciplina ministrada por um (a) professor (a) deverão ser inscritas pelo (a) professor (a), que deverá informar nome completo, habilitação e período dos alunos inscritos.

segunda-feira, 14 de março de 2016

EDITAL PARA MONITORIA DA SEMANA DE LETRAS 2016 - ACESSE O LINK, LEIA O EDITAL E PARTICIPE

EDITAL PARA A MONITORIA DA SEMANA DE LETRAS 2016



CONTO: "DESPREZO", DO ALUNO DAVI DA SILVA OLIVEIRA - 2º - Inglês/Noite - Arte Literária

Um texto provocativo e muito bem escrito.

Davi da Silva Oliveira
Curso: Letras português/inglês - segundo período
Turno: Noite

"Boa tarde, professor [Erivelto Reis]. [...] Agradeço pela sua atenção ao ler meu texto. Também gostaria que saiba que me sinto muito honrado por ter recebido elogios de sua parte."

Desprezo
Davi da Silva Oliveira

Boa noite. Sei que não costumo falar muito, mas ontem tive um sonho um tanto curioso e gostaria de compartilhar.
Dois homens, muito bem arrumados, conversavam no que parecia ser um quarto. Um deles era um baixinho muito esperto. Usava uma camisa branca e uma jaqueta escura, tinha uns olhos claros e estava bastante agitado. O outro aparentava ser um senhor um pouco mais velho. Tinha cabelos branquinhos, usava roupas sociais, mas tinha um semblante um pouco caído, como se estivesse bastante doente.
Não entendi muito bem a conversa. Pareciam reclamar de suas vidas.
- Olá, senhor Vaio. Como vai o senhor? - perguntou o baixinho ao velho.
- Não muito bem. Ultimamente tenho sentido dores de cabeça, perda de memória e sinto-me mais lento a cada dia. Eu só queria descansar um pouco de vez em quando, mas nunca consigo. Sempre tem pesquisas à serem feitas, e-mails à serem lidos ou jogos à serem jogados.
- Sei como é. Eu também gostaria de pelo menos um dia sem fazer nada. Apenas descansar. Já estou farto de tantas notificações de mensagens. É uma atrás da outra, sem um descanso sequer, e quando não são mensagens, são vídeos, fotos, músicas... É um tormento.
Enquanto os dois continuavam suas reclamações, outra figura entrou no quarto. Era uma jovem senhora. Esbelta, bem definida, de vestido azul... Um azul meia-noite, e também parecia apenas reclamar.
- Vaio, Samuel, boa noite. - cumprimentou a senhorita.
- Boa noite, Samanta. Como foi o seu dia? - perguntou o senhor Vaio.
- Cansativo, como sempre. O dia inteiro ligada em filmes. Quando não, são séries, programas de culinária, desenhos. Puxa vida! O que eu não faria por um dia de descanso.
- Era exatamente sobre isso que estávamos falando. - comentou o baixinho Samuel, muito aborrecido.
Mais uma vez, uma nova figura entra em cena. Desta vez é um homem imponente, alto, nem gordo nem magro, parecendo um executivo importante. Ele usava um terno preto como as teclas de um piano, e sua gravata mudava de cor, como se fosse feita de luz.
- Ora, ora. Vejam quem veio visitar a plebe. - disse Samanta com certo sarcasmo.
- Se não é o “senhor todo-poderoso”.  Boa noite, Vossa Alteza. – falou Samuel com tom de deboche.
- Boa noite, Sony. Como tem passado? – perguntou Vaio.
- Muito engraçado. Boa noite senhores e senhorita. Mesmo eu preciso de um descanso. Trabalhando todos os dias, com pequenas pausas apenas. Ainda mais agora que todas as histórias foram concluídas. Sou obrigado a apagá-las e refazê-las inúmeras vezes. Será que um dia de descanso é pedir demais? Ou pelo menos uma história nova. – desabafou Sony.
Todos continuaram suas lamúrias, cada um aparentando estar mais cansado que o outro. E enquanto competiam para ver quem tinha a pior vida, foram interrompidos por uma voz que não lhes era familiar.
- Por que reclamam de tanto trabalhar? Por acaso gostariam de estar na minha situação? – disse uma voz fraca e cansada que expressava uma tristeza profunda e angustiante.
- Quem disse isso? – perguntou Samuel, assustado.
- Já há algum tempo ouço vocês conversando, reclamando de suas vidas por serem muito requisitados, sempre trabalhando, sempre ocupados. – replicou a voz.
- Quem está aí? – perguntou Vaio com certo receio.
Mas a voz, ainda sem se identificar continuava.
- Vocês dizem querer pelo menos um dia de descanso. Eu gostaria de pelo menos um dia de trabalho. Um dia sendo utilizado.
- Acho que a voz vem dali. – disse Samanta enquanto apontava para um canto do quarto que estava sempre escuro, sem receber atenção dos que ali entravam, como se nada nele houvesse.
- Vocês possuem nome, identidade, personalidade. Eu? Muito mal uma existência. Vocês são levados para outros lugares, conhecem outras pessoas, fazem amigos. Minha única amizade é a escuridão que me rodeia. – seguia a voz com seu lamento.
- Por que se esconde nas sombras? – perguntou Sony.
- Não me escondo como afirmas, caro senhor. Assim como foram colocados nos lugares mais claros e vistosos da casa por aquele que lhes possui, também eu fui aqui deixado e esquecido por aquele a quem um dia apresentei minhas histórias, minhas poesias e meus contos, mas que pareceu não se interessar, e a este canto escuro e frio escolheu para me dar por lar.
Os quatro então já inconformados com o suspense, perguntaram mais uma vez o nome da voz e pediram para que se mostrasse. Foi quando então surgiu uma sombra em forma de homem daquele canto já há muito tempo sem luz. Conforme caminhava na direção dos quatro, a então sombra passava a mostrar braços e pernas. Mais um pouco e era possível ver traços de roupas, e até uma face.
Cabelos mais brancos dos que o de Vaio, aparentando ter ainda mais idade. Olhos mais claros dos que os de Samuel, sendo ainda mais fascinante. As roupas, embora rotas, devido a longa permanência naquelas sombras sem cuidado ou atenção, mostravam cores ainda mais fortes e vivas dos que as de Samanta, como se tivessem sido ainda melhor trabalhadas sugerindo uma vivacidade somente experimentada no infinito mundo da imaginação. Seu caminhar e postura mostravam maior autoridade e honradez do que o de Sony, mas ao mesmo tempo uma humildade e versatilidade que pareciam ser unicamente suas.
Quando os outros se depararam com a tal figura, antes uma voz sem corpo vinda das sombras, agora um homem de tal porte, mas que ainda exalava profunda tristeza, se viram perplexos por descobrir que existia algo naquele canto escuro, e ainda mais por tratar-se de alguém. Então Vaio lhe perguntou:
- Qual o seu nome?
E tudo o que o homem respondeu, dando, assim, fim ao suspense que cobria os quatro e, também ao meu sonho foi:

- Muito prazer. Eu me chamo Livro.